Fernando Pazzini – Hard and Heavy

Pazzini por Karai

Fernando é monstro antigo do rock em Belo Horizonte. Conhecido por todos os dinossauros da cidade e do país, ele participou dos melhores momentos de uma das bandas mais importantes para o rock e o metal nacional, o Overdose. Quem o conhece não tem outra maneira para descrevê-lo; a frase é sempre algo do tipo: “Gente boa pra Karai!!”. Excelente músico, coração de ouro, Pazzini é um apreciador raro de todo o Rock’n Roll clássico e toca de tudo. Hoje em dia Fernando Pazzini se mantém próximo da música tocando clássicos no Hard and Heavy. Baixista e backing vocal “du Karai”.
Por Eduardo Gordo Davis – Karai

Falando um pouco sobre o passado, quais são as melhores memórias de quando começou a tocar?

Aquela empolgação e a energia de quando somos jovens, que tudo vai ser lindo, que iríamos ser grandes. Reunir com quem compartilhava do mesmo sonho, sentar num quartinho qualquer e começar a tocar!

Que bandas você ouvia quando começou a tocar?

Queen, Purple, Kiss, Zeppelin, Rush.

Você diria que eles foram uma influência em sua música?

 Sim, apesar de quando era bem mais novo, tios me aplicaram muita MPB (Chico, Milton Nascimento, etc.).

Qual é a sua banda favorita?

 Queen.

Qual é o seu disco favorito deles?

A Day at The Races.

O que você tem ouvido recentemente?

Revisitando bandas e artistas dos anos 70, tipo Manfred Mann, Peter Frampton, Golden Earring, Doobie Brothers, Steve Miller, etc.

Quais são seus planos para o futuro?

Ter um pouco mais de paz de espírito. Tá foda! (risos)

Você já tocou e viajou com muitas bandas. Com quais mais se divertiu?

Basicamente com o Overdose, entre 1985 e 1995. No início dos anos 90 fizemos uns shows toscos demais pelo interior de MG, tocando metal, cantando em inglês, ou seja, eram bem toscos e engraçados!!

O metal mudou muito em termos de som e estilo durante esses anos. Quais são as suas impressões?

O metal perdeu muito daquela coisa da novidade, do interesse por ser novo, do vigor… Vejo muita banda boa, uns caras tocando muito, mas acho que tudo que tinha que ser composto e lançado já foi feito. Nada muito novo.

O rock ainda têm o poder de transformar mentalidades e efetivar mudanças sociais e políticas duradouras?

Sim. De todos os estilos de música, ainda é o mais contestador e provocador.

Porque o Brasil acabou se transformando no país do sertanejo?

Acho que somos barangos demais. O brasileiro é barangão! (risos) Quando começaram com esse sertanejo “universitário”, acertaram na linguagem, do sofrimento, problemas de amor e um pouco do estilo antigo. Misturaram e deu certo, apoiado pela mídia.

Como resgatar e promover o metal nacional?

Penso que o metal nacional ainda sobrevive. Tem muita banda boa de uma geração mais nova. Só que os tempos são outros, os veículos de divulgação são outros e muitos. Não tem mais aquela coisa mega dos anos 80/90, hoje temos o mega dissolvido em um monte de sites, canais de vídeo, rádios, streamings, etc…

O que você tem a dizer para quem deseja sair do armário dos instrumentos empoeirando e quer viver de música?

 Tente fazer a coisa com amor e visando uma satisfação financeira também , que é importante. Consiga os caras certos pra dividir essa experiência!

 

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