Marquin’ por Karai
Mr. Mark é guitarrista e compositor do Chakal, toca pra Karai e é modesto, muito! Ele possui os ouvidos mais impressionantes que conhecemos. Audição que se aliou à dedicação, apreciação e estudo da música de qualidade, muito variadas tanto de estilos como de épocas. Consideramos o maior conhecedor das cordas clássicas do metal mineiro. Toca pra Karai!
Por Eduardo Gordo Davis – Karai
Falando um pouco sobre o passado, quais são as melhores memórias de quando começou a tocar?
Muitas memórias, sempre gostei de música e a melhor lembrança que tenho foi do primeiro violão que ganhei do meu Tio Duduka era um violão já bem detonado, mas serviu de impulso para que eu aprendesse os primeiros acordes.
Que bandas você ouvia quando começou a tocar?
Gostava do que tocava no rádio. Existia um programa na rádio cultura que se chama Ritmos da Noite e na programação tinha Creedence, Slade, Led Zeppelin e outras bandas. Na época eu nem sabia quem estava tocando mas gostava do som.
Você diria que eles foram uma influência em sua música?
Tudo o que ouvimos em termos musicais acaba influenciando em sua música e forma de tocar, claro que com o passar do tempo vamos selecionando aquilo que melhor se conecta com a direção musical que se quer seguir.
Qual é a sua banda favorita?
- No Hard Rock: Deep Purple, Led Zeppelin e Van Halen (fase David Lee Roth)
- No Heavy: Metal Judas Priest
- No Progressivo: Genesis (fase Peter Gabriel), Yes, Pink Floyd
- No Thrash: Destruction, Slayer
Qual é o seu disco favorito deles?
- Deep Purple: Machine Head
- Led Zeppelin: Led Zeppelin II
- Van Halen: Fair Warning
- Judas Priest: Defenders of the faith
- Genesis: Foxtrot
- Yes: Fragile
- Pink Floyd: Animals
- Destruction: Infernal Overkill
- Slayer: Reign Blood
O que você tem ouvido recentemente?
Ouço muita coisa que varia do Rock ao Jazz passando pelo Clássico e outros gêneros. Na maioria música instrumental.
Quais são seus planos para o futuro?
Aprender a tocar direito.
Você já tocou e viajou com muitas bandas. Com quais mais se divertiu?
Toquei em algumas bandas de estilos diferentes do Chakal transitando desde a MPB, Pop, até em orquestra e grupos de câmara tocando viola de arco. Me diverti e divirto com todas.
O metal mudou muito em termos de som e estilo durante esses anos. Quais são as suas impressões?
As melhores possíveis em termos técnicos. A nova geração está tocando muito bem, com equipamentos melhores e com uma execução mais esmerada nos instrumentos. Existem ótimas bandas.
O rock ainda têm o poder de transformar mentalidades e efetivar mudanças sociais e políticas duradouras?
Creio que sim, afinal estamos nessa a um bocado de tempo. quando a música o toca de verdade é para sempre.
Porque o Brasil acabou se transformando no país do sertanejo?
Falta de informação e formação, houve um tempo em que se tinha iniciação musical nas escolas, as pessoas adquiriam uma base teórica e auditiva para poder ter um discernimento se determinada música tinha uma boa elaboração ou não. Hoje a mídia evidencia o que é mais simples de assimilar e digerir.
Como resgatar e promover o metal nacional?
Penso que através de eventos, shows que coloquem o tema em debate e exposição. O Rock sempre foi um estilo meio que odiado pela mídia e o Heavy Metal então, é o filho mais feio (risos). Acredito que shows em praças e locais públicos dariam uma boa visibilidade ao estilo.
O que você tem a dizer para quem deseja sair do armário dos instrumentos empoeirando e quer viver de música?
Toque, entre neste mundo de notas, ritmos, melodias. Se não ganhar dinheiro, pelo menos terá momentos de pura emoção e feeling. Long Live Rock and Roll!